B8. Ver o outro através do seu olhar, sem julgar


O que faria eu se estivesse naquela situação?

Pode parecer um exercício de empatia, mas, na verdade, reflete mais sobre mim do que sobre o outro.

Esta abordagem tende a simplificar realidades complexas, ignorando os fatores únicos que moldam as decisões e os sentimentos de cada pessoa. E, em vez de aproximar, pode gerar confusão e aumentar o hiato de perspetiva entre os envolvidos — especialmente em situações onde as pessoas são extremamente diferentes na sua forma de ser e estar.

O mundo não se pode alterar até que mudemos a concepção que temos dele. “o que está por dentro é como o que está por fora”
— Neville Goddard

E se ao colocarmo-nos na posição do outro a pergunta fosse:

Se eu fosse a pessoa X, o que faria naquela situação?

Esta mudança subtil ajuda-nos a considerar o contexto, os sentimentos e as vivências dessa pessoa, permitindo realmente colocarmo-nos no seu lugar. Não se trata apenas de imaginar as ações que tomaria, mas de compreender como os valores, as circunstâncias e as limitações da outra pessoa influenciam o seu modo de pensar e agir - acredito que seja uma forma de aceder à verdadeira empatia.

As decisões alheias, mesmo quando diferentes das nossas têm uma lógica própria, enraizada na experiência de vida de cada um.

Este exercício tem-me ajudado a cultivar mais empatia, a reconhecer a diversidade humana e a expandir a minha perspetiva para lá do meu ponto de vista. O que me tem permitido aceder a partes de mim que nunca imaginei e a quebrar dogmas profundamente enraizados.

A perspetiva do outro amplia a minha. Ver o outro através dos seus olhos, ainda que por um momento, ajuda-me a ter mais empatia.

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B9. Sempre que vou ao meu limite, transformo-me

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B7. O melhor dividendo é o que recebemos por sermos quem somos