B7. O melhor dividendo é o que recebemos por sermos quem somos






À primeira vista, a generosidade pode parecer um ato de perda. Quando damos, parece que estamos a abrir mão de algo nosso. No entanto, a verdadeira generosidade é uma força que ultrapassa o simples ato de dar.
Quando oferecemos de coração aberto, sem expectativas de retorno, criamos um ciclo de energia transformadora – tanto para quem dá como para quem recebe. Ser generoso não significa dar sem limites; saber quando dizer "não" é essencial. A generosidade com critérios é a que tem o maior poder de transformação. E ser generoso não é apenas uma questão de como damos, mas também de como estamos abertos a receber.
Acredito no poder da intenção: a energia que colocamos nas nossas ações é como uma semente fértil que floresce em lugares inesperados. Cada gesto de dar gera laços invisíveis que nos conectam, construindo redes baseadas na confiança e na ajuda mútua. Dar sem a intenção de receber não é um gesto de perda, mas sim de abundância. É uma força que enriquece a nossa essência e nos alinha com o que há de melhor na vida.
“Ser generoso não é apenas sobre como se dá, mas sobre como se recebe”
Dar e receber são partes de um ciclo natural que mantém o equilíbrio do universo. O retorno nem sempre vem de onde esperamos, mas chega – muitas vezes, disfarçado em pequenos gestos, oportunidades subtis ou momentos que trazem sentido ao nosso caminho.
A sorte não é obra do acaso, é o resultado do alinhamento entre o que pensamos, sentimos e fazemos. Ser generoso não é apenas trocar valor; é adicionar valor ao mundo e às vidas das pessoas ao nosso redor.
Cada ato generoso fortalece a ligação entre quem somos e o impacto que criamos no mundo. Ao dar com intenção pura expandimos a nossa essência, construímos relações genuínas e encontramos uma satisfação que transcende o material.
O verdadeiro dividendo da generosidade não está no que acumulamos, mas na realização plena de vivermos alinhados com quem realmente somos. Dar com equilíbrio e propósito engrandece-nos, transforma-nos e deixa um legado de significado e conexão que perdura para além de nós.
Referência bibliográfica: “Dar e Receber” (Adam Grant) - Editora Vogais